O Salgueiro é pra quem tem fé
No gingado das baianas
Vem, meu povo, diz no pé
Vim ... (Meu amor)
De uma era medieval
Para brincar o carnaval
A folia tomou conta da cidade
A ordem do rei é cantar
Sou menestrel do divino
A poesia já vem me contagiar
Os doze pares de França
Se trançam em busca do mesmo ideal
Cristãos e mouros se lançam
Na luta de bem e o mal
Lagedo sagrado
O rei congo aqui chegou
Pra ser coroado
Neste "Reino de Xangô"
Tumba lá e cá, é Moçambique
Tumba lá e cá, rainha ginga
Hoje os sertões
Se manifestam
Cariri, pageú, siridó
É de couro e prata a coroa
Fidalgos de minha casa real
(O luar é divinal)
Tabuleiro de xadrez
Mesa de baralho
Zumbi, louvado seja o ritual
Pastorinhas brilham neste festival
E as bandeiras colorindo o visual
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