domingo, 21 de fevereiro de 2010

SKINDÔ, SKINDÔ-1984

O quem vem de mim é pra rolar,

Amor, raiou o dia.

A noite trouxe o meu cantar,

Enfeitando o luar da Bahia.

Foi um vento tão menino

Que soprou o meu destino pelo mar,

Vim de terra tão distante,

Sou o negro mais amante, skindô-ô-ô-ô-ô

Ô-ô-ô-ô-ô, ô-ô-ô-ô-ô-ô,

A vida fica mais feliz, meu amor,

A folha nasce da raiz skindô,

O samba é a flor.

Cadê, cadê, cadê meu agogô

Mandei buscar o quê

Pra eu bater pra ioiô

Só por amar, querer sambar,

Meu peito é um clarim de poesia,

Um arco-íris nos meus olhos,

Brilha a noite como o dia

Pandeiro, surdo, cavaco, ganzá,

Me pega, me deixa ficar, o iaiá.

Roda, ó meu Salgueiro,

Roda e vem mostrar

O canto de quem ama, acende a chama,

Viajando no meu doce olhar, ô-ô-ô!

Oiá, oiá,

Água-de-cheiro pra ioiô

vou mandar buscar

Na fonte do senhor

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