segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Final do Concurso REI MOMO E RAINHA DO CARNAVAL

No próximo dia 18 de novembro de 2010 será realizada a grande final do concurso REI MOMO E RAINHA DO CARNAVAL , no qual estou participando como finalista.

LOCAL: CIDADE DO SAMBA
ENDEREÇO: RUA RIVADÁVIA CORREA Nº, 60 - GAMBOA
HORÁRIO: A PARTIR DAS 18 HS.

A entrada do evento será gratuita.

CONTO COM A SUA TORCIDA!

OBS: Se puder vá de vermelho e branco ou com uma camisa vermelha ok.

Obrigado!

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Feijoada de maio - dia 16





Em virtude do dia das Mães, em maio a nossa feijoada mensal 
será realizada no dia 16. E teremos muitas surpresas 
para os salgueirenses!!!


A partir das 13h, o grupo Terno de Cambraia segue 
no comando do evento, que terá ainda uma apresentação 
do grupo Samba Pra Gente. 


A ala das baianas prepara uma homenagem especial ao mês 
em que se comemora a Abolição da Escravatura e os 
Pretos-Velhos, com apresentação de jongo e maculelê.


A feijoada será servida até às 17h, e a partir deste horário, 
até o final da festa - encerrada com a Bateria Furiosa -
 os frequentadores poderão saborear um suculento caldinho de feijão. 


Camisa-convite, antecipada: R$ 20 e no dia do evento, R$ 25.

quinta-feira, 18 de março de 2010

Ser Salgueiro, ser sambista...

Samba...só quem conhece sabe o que se sente A alegria de entrar em uma quadra vermelha e branca E se tornar parte daquela totalidade E cantar, cantar tão alto, na mesma proporção do amor que se sente por tudo aquilo Samba, só o samba une raças, pessoas, línguas...todos juntos em uma só vibração No samba todo mundo se conheçe, todo mundo se entende, todo mundo é amigo...mesmo que voce não conheça nenhuma daquelas pessoas que estão ao seu lado vibrando naquela energia! Samba, que dá alegria para tantos, que transforma o choro em melodia, que deixa a minha vida mais feliz! Ah, esse amor que é incondicional, que nasceu de uma admiração, que nasceu por ser recíproco. Nada é tão bom quanto estar lá, cantando, vibrando, torcendo por algo que voce espera o ano inteiro para acontecer...e não esquece disso durante o ano Porque vive uma história de amor com sua escola e amores não são esquecidos... Não esquecemos das letras, das melodias, dos acordes, dos chocalhos, dos tamborins... Não dá pra esquecer a vibração, a alegria, o medo da injustiça... Como um filho, tudo o que lá é produzido é lindo, tem beleza, tem sucesso... Porque voce é simplesmente apaixonado pela sua escola Porque voce é sambista, voce é bamba, você é Salgueirense!!

sábado, 13 de março de 2010

III Feijoada do showcalho

É com mto prazer q nós da ala do Showcalho do Salgueiro, convidamos vcs pra comerem

aquele feijão esperto preparado com muito carinho e todo temperado no

azeite pelas "meninas" do departamento feminino!



Os convites são LIMITADISSIMOS, por isso garanta já o seu!!!

Quem já foi nas duas primeiras edições sabe que a diversão é garantida!!!

E o melhor de tudo, é que tudo é LIBERADO!!!

Feijoada, bebida e caipfrutas...Ou seja...melhor do que isso, só dois disso!!!rs



Contamos com vocês pra comemorar mais um ano de união e sucesso do showcalho furioso!!!



III Feijoada do showcalho

Dia - 27 de Março

Horário - 14h

Valor - convites 20,00 (Com tudo liberado)

Informações - 8830-1710/ 7859-5853 ID. 87*31202

segunda-feira, 8 de março de 2010

Feijoada do Salgueiro dia 14/03/2010

A TNS e o Salgueiro convocam á todos para 

comparecer a feijoada do 

Salgueiro,que será realizada no dia 14/03 a partir das 13:00hs. na quadra da Escola(Rua Silva Teles, 104 /Andaraí).Os convites (camisas) já estão à venda na quadra! R$20,00 e no dia do evento R$25,00.A roda de samba comandada pelo grupo Terno de Cambraia recebe convidados.As homenagens serão feitas às agremiações campeãs do Rio e de São Paulo, que trarão seus intérpretes oficiais e seguimentos.

Na ocasião, a presidente executiva, Regina Celi, fará o anúncio oficial e apresentará o 1º mestre-sala do Salgueiro, que passa a fazer par com a porta-bandeira Gleyce Simpatia. A Bateria Furiosa, sob a batuta de Mestre Marcão dá o tom da festa.Contamos com a presença de todos para prestigiar nossa

amada Academia do Samba.



quinta-feira, 4 de março de 2010

A paixão é tão grande que era até injusto apenas uma pessoa dar conta de todo esse amor... Então, pra alegria geral da Nação Salgueirense: o BLOG TNS conta com mais 2 administradoras! Esperamos contar com o apoio, carinho e compreensão de todos os torcedores. Beijo, Ana, Gih e Ninna

Niel Revelação

terça-feira, 2 de março de 2010

Aberta inscrições para aulas de percussão!

02/03/10

 Inscrições abertas para oficina de percussão e vários cursos no Salgueiro

 Fonte: Salgueiro (Assessoria de Imprensa)

 A partir do dia 08 de março, inicia a nova temporada de cursos gratuitos na 


Vila Olímpica do Salgueiro. As inscrições - também gratuitas - 

já estão abertas, para várias modalidades.

Aqueles que sonham em tocar como os ritmistas da Bateria Furiosa, 

ou simplesmente aprender a tocar os instrumentos de percussão 

que fazem o ritmo da nossa agremiação, podem se matricular na oficina 

de percussão, ministrada por Mestre Marcão. As aulas serão sempre às 

segundas, às 20h, na quadra. Os interessados devem ter acima de 17 anos.

Teremos ainda aulas de flauta e cavaquinho, para alunos a partir de 11 anos.

Quem tiver mais de 16 anos poderá se matricular nos cursos de cabeleireiro, 


manicure, indumentaria, informática, web-design e telemarketing.

Para todas as atividades, é necessária a documentação básica: RG, CPF 


ou certidão de nascimento, comprovante de residência e uma foto 3x4.

As inscrições são feitas diariamente, em horário commercial, na Vila Olímpica 


do Salgueiro, à Rua Silva Teles 104, Andaraí.

E no próximo sábado (06), os salgueirenses terão mais uma oportunidade 


de se inscrever no programa de recrutamento para operadores de telemarketing, 

com salários entre R$ 410 e R$ 520. As inscrições, também feitas na Vila Olímpica, 

serao das 10h às 13h, somente no sábado.

domingo, 21 de fevereiro de 2010

HISTÓRIAS SEM FIM-2010

Sonhei... no infinito das histórias

Iluminando a memória, me encantei

Brilhou... realidade e fantasia

Como nunca imaginei

Na arte do saber um novo amanhecer

Divina criação, primeira impressão

O livro sagrado da vida

Virtude pra eternidade

A leitura estimulando

A mente da humanidade



Eu viajei nessa magia

De alma e coração

Na fonte da sabedoria

Busquei a minha inspiração



Páginas descrevendo pensamentos

Clássicos, ideais e sentimentos

Romances... aventuras

Quanta riqueza na nossa literatura

O faz-de-conta inocente da criança

Ficou guardado na lembrança

Mistérios... suspense... emoção

É o hábito de ler, folheando com prazer

Muita além de uma visão

Mensagens de esperança

Clareando a imaginação



Uma história de amor

Sem ponto final

"Academia do samba" é Salgueiro

No "livro do meu carnaval"

TAMBOR-2009

O som do meu tambor ecoa... ecoa pelo ar

E faz meu coração com emoção... pulsar!

Invade a alma... alucina

É vida, força e vibração!

Vai meu Salgueiro... Salgueiro

Esquenta o couro da paixão

Ressoou da natureza... primitiva comunicação!

Da África... dos nossos ancestrais

Dos deuses... nos toques rituais

Nas civilizações... cultura

Arte, mito, crença e cura



Tem batuque... tem magia... tem axé!

O poder que contagia... quem tem fé! (bis)

Na ginga do corpo... emana alegria

Desperta toda energia!



No folclore a herança

No canto, na dança... É festa... é popular!

Seu ritmo encanta, envolve, levanta...

E o povo quer dançar!

É de lata, é da comunidade

Batidas que fascinam

Esperança... social, transforma... ensina!

Ao mundo deu um toque especial

É show... é samba... é carnaval!



Vem no tambor da academia

Que a furiosa bateria... vai te arrepiar! (bis)

Repique, tamborim, surdo, caixa e pandeiro

Salve os mestres do Salgueiro

"O RIO DE JANEIRO CONTINUA SENDO"-2008

Canta meu Salgueiro!

Um "Rio de amor" vai desaguar

Meus versos vêm no "tom" da poesia

Da beleza que irradia

E fez o lusitano se encantar

Paraíso de riquezas naturais

Coração do meu país

Seduzindo a nobreza

Terra de gente feliz

Chega a Família Real

Dando um charme especial

O porto agita a Praça Mauá

Onde a semente do samba se fez brotar



Eu sou o rei da boemia

Carioca, sou da Lapa, patrimônio cultural

E me banhei de alegria, tiro onda, dou meu jeito

Minha vida é um carnaval



Divina obra-prima pra se admirar

Entre morros e ladeiras

A brisa embala as ondas do mar

Essa gente tão cheia de graça

O turista que leva saudade

E o Redentor abençoando

Maravilhosa cidade

O suburbano improvisando muito bem

Vai batucando na lotada ou no trem



E deixa o sol bronzear

No calor do meu Salgueiro

Eu sou raiz desse chão

E canto a minha emoção

Salve o Rio de Janeiro


CANDACES-2007

Majestosa África

Berço dos meus ancestrais

Reflete no espelho da vida

A saga das negras e seus ideais

Mães feiticeiras, donas do destino...

Senhoras do ventre do mundo

Raiz da criação

Do mito a história

Encanto e beleza

Seduzindo a realeza



Candaces mulheres, guerreiras.

Na luta... Justiça e liberdade

Rainhas soberanas

Florescendo pra eternidade



Novo mundo, novos tempos.

O suor da escravidão

A bravura persistiu

Aportaram em nosso chão

Na Bahia... Alforria

Nas feiras tradição

Mães de santo, mães do samba!

Pedem proteção

E nesse canto de fé

Salgueiro traz o axé

E faz a louvação



Odoyá Iemanjá; Saluba Nanã!

Eparrei Oyá

Orayê Yêo, Oxum!

Oba Xi Obá


MICROCOSMOS,O QUE OS OLHOS NÃO VEEM,O CORAÇÃO SENTE-2006

O que sou eu no universo?

Simples ser humano

Grão de areia no deserto

Gota d'água no oceano

Minúscula partícula da criação

Grandiosidade, perfeição

O homem nem nota

Há vida em volta

Viaja, Salgueiro

Em cada pequenina imensidão



Dia a dia uma sinfonia... pra sonhar

Infinito mundo colorido

O divino dom de renovar



E a vida gera vida... de valor essencial

Na água, terra e ar

Mantém o equilíbrio universal

Reluz desse mundo magia

A inspiração que faz a mente delirar

Num toque de sabedoria

Com ousadia, observar

Que segue o tempo regendo a vida

E a luz do céu a nos guiar



Na batida de um coração

Tem mistérios e emoção

Ecoa no ar um canto de amor

A academia do samba chegou


DO FOGO QUE ILUMINA A VIDA, SALGUEIRO É CHAMA QUE NÃO SE APAGA-2005

Hoje o fogo da alegria

Se alastrou na Academia por inteiro

Vem no show da bateria

Esse fogo que arrepia... é Salgueiro


Salgueiro acende a paixão

É pura emoção... é fogo

Divina criação que a humanidade adorou

Chama viva que clareia... clareia... clareia...

Deixa queimar... que o sangue vai ferver na veia

Surgiram Deuses, mitos do imaginário

Pra alma é purificação

Ferros, modelagens, tem lendas e dragões

Rituais de fé, religiões

Fez evoluir a era industrial

Tem fogo neste carnaval.



Bota lenha na fogueira... ô iaiá

O sabor do seu tempero... vou provar

No calor do dia a dia... tem que respeitar

Não brinca com fogo pra não se queimar



A chama que arde no peito

É luz que irradia... amor

Quem dera que o homem apagasse

Da mente a maldade e a dor

Um brilho explode no ar

A festa vai começar

O sol traz esperança

Vitória e confiança

Do fogo que ilumina a vida

Vermelho incendeia a Avenida



A CANA QUE AQUI SE PLANTA, TUDO DÁ...ATÉ ENERGIA. ÁLCOOL, O COMBUSTÍVEL DO FUTURO-2004

A cana que aqui se planta, tudo dá

Dá samba até o dia clarear

O combustível do futuro é brasileiro

É energia que hoje embala meu Salgueiro


Salgueiro produz alegria

"Caminha" descrevendo nossa terra

Veio da Índia inspiração para o cultivo

Que davam fim a liberdade do nativo

Terra de fartura coberta de cana

Canaã, por natureza

Negro, do açúcar mascavo

Branco toque refinado

Da cobiça holandesa

Academia, é doce seu cantar

Verde eldorado, o encanto "deste lado"

Solo fértil pro meu samba germinar

Pelo tempo, adoçou a economia

Com a evolução, ganhou outro "sabor"

O álcool, o progresso movia

Coisa que Caminha nem imaginou

E mesmo sem destronar o ouro negro

Já desvendaram seus segredos

O nosso jeito de abastecer

Sonho vê-lo enfim em seu reinado

Meio ambiente preservado

Conquistando o "espaço, infinito alvorecer"




SALGUEIRO, MINHA PAIXÃO, MINHA RAIZ - 50 ANOS DE GLÓRIA-2003

Explode coração, é tanta emoção

Que embarcar na alegria, eu vou

É a consagração da minha paixão

Renovando a cada dia, amor


Orgulho é viajar em sua história

No ar, o aroma de café

"Tecer" 50 anos, quanta glória

Desta raiz, nasceu samba "no pé"

"Morro" de amores e saudades...

"Embriaga" de felicidade,

"Conserva" o valor e a tradição

De unir fé e bandeiras numa só "religião"

Salgueiro, vermelho,

Balança o coração da gente

Guerreiro é de bambas um celeiro

Apenas uma escola diferente

Porto pro navio negreiro,

Viajou com Debret pelo Brasil

Quilombo exaltou o orgulho negro

Xica da Silva já te seduziu

História em carnaval, bênção da Bahia

Rei Negro e Rei da França

Coroaram a academia,

Da magia fascinante à brilhante sedução

Das minas do Rei 

ASAS DE UM SONHO, VIAJANDO COM O SALGUEIRO, O ORGULHO DE SER BRASILEIRO...-2002

Vou zoar,

Nem melhor, nem pior, amor

O Salgueiro vai eternizar

Vida e vôo de um sonhador


O sonho está no ar, vai decolar

Com o Salgueiro

Dando asas à imaginação

Alcançou a imensidão

O orgulho de ser brasileiro

Este sonho foi de Ícaro,

Renasceu em Da Vinci,

Pipas chinesas, aves de papel,

Era mais leve que o ar

Nos balões a flutuar,

Cruzava mares, dirigível pelo céu

Hoje eu vou Salgueirar, da avenida voar,

Com a bandeira do meu país

Vou com Santos Dumont,

Tirando onda em Paris

Surgiram heróis pioneiros,

Que marcaram história na aviação

Com a tecnologia romperam o espaço,

Barreira do som

Riscando o céu de vermelho,

Estende o tapete, lá vem meu Salgueiro

Herdeiro do ar, comandante na folia,

Tamanho orgulho te cantar na academia




SALGUEIRO NO MAR DE XARAYÉS, É PANTANAL, É CARNAVAL-2001

Voa ... Voa tuiuiú ... Beleza !

Deixa em paz a arara azul e a natureza

O Salgueiro na avenida é emoção

A voz mais alta em nome da preservação


Um sonho me levou

Com o Salgueiro a navegar

Na chalana da ilusão

Pelo Mar de Xarayés ...

Linda aquarela

Fui ao Império do Sol

Por pedras encravadas pelo chão

Caminho da paz e da cultura

Que uniu as civilizações

E a passarela vira um mar de amor

Canta Salgueiro

E o pantanal vai dando um show de cor

Enfeitiçando o mundo inteiro

Heróico guaikuru

Um galopar de liberdade

Um dia o pantanal chorou ... Chorou ... Chorou

E floresceu brasilidade

Lá se vai o predador

E a cobiça do invasor

Pantaneiro canta e dança

Num mar de felicidade

Conta lendas, castelhanas

Me embala neste teu sonhar ... Teu sonhar

Sinto falta do teu cheiro

É gostoso teu tempero

Oh! Morena ... 

SOU REI, SOU SALGUEIRO, MEU REINADO É BRASILEIRO-2000



Vou brincar com meu amor ...

Vou brincar com meu amor, eu vou que vou

Nessa viagem de alegria, Salgueiro eu sou

Parabéns, meu Brasil

Vem comigo, arrebenta bateria


Senhor, olhai por nós

Iluminai este momento

Os nossos corações

As emoções estão ao vento

Navegando o passado

Nas águas do meu pensamento

E hoje ...

A história vem mostrar

A transmigração da realeza

Chegando à Bahia, trazendo luxo e riqueza

E no Rio de Janeiro, a corte veio encontrar

No carioca maneiro, um povo festeiro a comemorar

Roda baiana bonita

Vem no balanço do mar

O teu sorriso clareia meu olhar

Mudando o rumo da economia, meu Rio seria

A grande atração comercial ... gira, gira, capital

Dom João está sorrindo

Curtindo seu reinado tropical

Nova estrutura, arte e cultura

E veio a coroação

Criou-se um legado de artistas

Que ao mundo encantou

E nessa caravela futurista

Sou mais um sambista, me leva que eu vou



SALGUEIRO É SOL E SAL NOS 400 ANOS DE NATAL-1999

É sol, é sal, é paixão, amor...

Natal é pura emoção, vem brindar...

Bate na palma da mão, a festa vai começar

São quatro séculos de história, pra contar


O rei sol a brilhar

Clareia meu amor, clareia

Encantou meu olhar

Vagando neste manto de areia

Com a colonização

Deu-se a expansão

Que maravilha!!!

Seu forte é o marco desta terra

Tem o sal que lhe tempera

O ar é pura sedução

Tem jangadas no mar

Mareia meu amor, mareia

Eu vou deitar e rolar

Gostoso e deslizar na areia

Oh! Natal

Meu Deus do Céu, eu nunca vi tanta beleza

Obra da mãe natureza

Cartão postal do meu Brasil

Do turista que se encanta a delirar

Nesta festa popular

Salgueiro é o sol que irradia

Neste dia de folia

E faz aqui seu "Carnatal"




PARINTINS, A ILHA DO BOI-BUMBÁ: GARANTIDO X CAPRICHOSO, CAPRICHOSO X GARANTINDO-1998

Eu sou um índio e só sei amar

Uso arco e flecha, na cabeça um cocar

Banho de cheiro de patchuli

Olha o Salgueiro na Sapucaí


Alô, você, alô do boi-bumbá

Vem salgueirar, vem salgueirar, vem salgueirar

Vem garantir, iô-iô

Vem caprichar, iá-iá

A lenda viva do folclore está no ar

São dois pra lá (ê Boi)

São dois pra cá...

Dança nativa dos Parintintins

Que maravilha

Explosão na ilha

Dos tupinambás

Mostrando para o mundo inteiro

Pois o meu Salgueiro

É folclore popular

Bate tambor, cunhã-poranga

É puro fogo no ar

Gira meu boi, meu boi-bumbá

Um lado azul, outro vermelho,

As cores do festival

É garantido, é caprichoso, o carnaval

Um duelo na floresta

Veio de longe o meu boi-bumbá

Entre rituais nativos

Magias e lendas

Ao som do tamurá

Este é o Brasil cultural

Raça mestiça e amor

Mostrando o seu visual

No carnaval

Nossa cultura é assim

O nosso povo é de fé

Vem pro Salgueiro

Se banhar de axé


DE POETA, CARNAVALESCO E LOUCO...TODO MUNDO TEM UM POUCO-1997

Eu vou zoar, eu vou!

Vou brincar, com você, amor

Enlouquecendo esta cidade

Salgueiro é felicidade


Vem, vem, vem, vem nessa onda amor

Vou viajando, eu vou

Na imaginação

Dos poetas

E tradicionais fardões

É gostoso viajar

E no tempo encontrar

A rainha em seu mundo

Num profundo delirar

Na tela, ou na escultura

Tem arte, também tem loucura

Girassóis invadem a mente

De um artista envolvente

Nossa folia é multicor

Salgueiro encanta a passarela

As cores são belas

Vem ver, meu amor

Alegria da galera

Arte, ou será loucura ?

A busca continua

Em sua liberdade de expressão

Barca, me leva

Pelos caminhos do Sol

E desse sonho, eu não quero acordar

Visto a arte em fantasia

Pra fazer meu povo delirar




ANARQUISTAS SIM, MAS NEM TODOS-1996

A nossa emoção

Tá solta no ar

Vem meu amor se acabar

O meu coração

Não vai agüentar

Ver essa galera delirar


Hoje eu vou cantar, me acabar nessa canção...

Meu Salgueiro em festa vem mostrar

A influência de uma civilização

Do sonho, nasce a realidade

Em cada chão de uma cidade

Em cada praça, em cada mão

Itália fonte da civilidade

Da cultura e da religião

Com sua fé, conquistou a multidão

Num momento tão divino

O vinho tem a sua tradição

O imigrante veio em busca de riqueza

A colônia virou mito

Nessa terra brasileira

Se liga meu bem

Vem nessa também

O Salgueiro faz a massa

E não tem pra ninguém

A princesa

Com a sua união

Trouxe a arte

Pra delírio da nação

O teatro e o cinema

O sindicato para a profissão

Com o circo a magia

Carnaval é alegria

Sacode, meu povão




O CASO DO POR ACASO-1995

Ô me leva que também vou

A festa vai começar (vou me acabar)

Quero ver você sorrir

A galera sacudir

Ao ver meu Salgueiro passar


Navegando...

Nesse mar eu vou

Caravelas portuguesas

O comércio e a riqueza

Dom João proporcionou

Vento forte, timoneiro rumo à sorte

A África ele conquistou

Sereias e serpentes,

Cenas envolventes

O sonho se realizou

Colombo está contente

Descobre o continente

E Duarte se encantou

Amor, amor

Quem foi, quem foi

Que descobriu o meu Brasil ?

Pois o tratado eu sei que existiu

Viajando foi às Índias

Vasco da Gama o navegador

(Foi quem comandou)

O acordo foi fechado

E novamente a Europa desfrutou

Então Cabral partiu, oficializou

Rezaram a missa como o rei mandou


RIO DE LÁ PRA CÁ-1994

Balança, ô, balança

Chegou a hora do Salgueiro sacudir

Deixar esta cidade louca

Com água na boca na Sapucaí


Meu Rio que é um rio de alegria

Transborda de felicidade (e vem mostrar)

Vem mostrar as tradições

O jeitinho dessa gente e da coroa real

Sua beleza, seus festejos e encantos

Germinou nos quatro cantos

Sementes de amor

De lá pra cá o Rio se glorificou

Virou mar de poesia

Bate forte coração

Sou carioca, salgueirense, sou povão

Rio, cidade maravilhosa

Já cantado em verso e prosa

Cartão postal do meu Brasil

Rio, da mulata e do pagode

Futebol e samba forte

Como explode coração (tá na boca do povão)

Num abraço de envolver

Rio, és razão do meu viver


PEGUEI UM ITA NO NORTE-1993

Explode coração

Na maior felicidade

É lindo meu Salgueiro

Contagiando e sacudindo esta cidade


Lá vou eu...

Me levo pelo mar da sedução (sedução)

Sou mais um aventureiro

Rumo ao Rio de Janeiro

Adeus Belém do Pará

Um dia eu volto, meu pai

Não chore, pois vou sorrir

Felicidade, o velho Ita vai partir!

Oi, no balanço das ondas, eu vou

No mar eu jogo a saudade, amor

O tempo traz esperança e ansiedade,

Vou navegando em busca da felicidade

Em cada porto que passo

Eu vejo e retrato em fantasia

Cultura, folclore e hábitos

Com isso refaço minha alegria

Chego ao Rio de Janeiro

Terra do samba, da mulata e futebol

Vou vivendo o dia a dia

Embalado na magia

Do seu carnaval






O NEGRO QUE VIROU OURO NAS TERRAS DO SALGUEIRO-1992

Soca no pilão

Preto velho mandingueiro

O negro que virou ouro

Lá nas terras do Salgueiro


História, beirando a poesia

Lenda, sonho e fantasia

Abissínia, Arábia

A natureza é tão sábia

Num quê de malícia

Trouxe essa delícia ao Pará

Dizem então (dizem então)

Que foi a terra, o sol, este luar

Que o fez se apaixonar por esse chão

E se espalhar como um mar

Da cor da raça

Cheiro de sabor (sabor)

Gostoso como um beijo do amor

O ciclo do café era a riqueza

Fausto e luxo da nobreza

E suor da escravidão

Sonso, vira rico e rotina

Filosofia de esquina

Cafezinho no balcão

Tem até quem admite

Que ele dá bom palpite

Na loteria popular

Cadê o bom café, foi viajar

Onde andará... eu sei lá




ME MASSO SE NÃO PASSO PELA RUA DO OUVIDOR-1991

Da Primeiro de Março

Falta um passo

Pra Ouvidor

E no samba faltava

Esse traço de amor


Eu vou

Vou daqui pra lá

E de lá pra cá

Vou sorrindo

Essa Rua do Ouvidor

Virou caso de amor

Do meu Rio

A moda do francês

Ganhou freguês

Na fidalguia

Jornais

Contavam fatos e boatos do lugar

Para alegria popular

Rua do Ouvidor

Agora entendo seu papel

Desviou do mar

E virou torre de babel

Romances divinais

Os carnavais

E a poesia

Ficou,

Da carne seca à Notre Dame de Paris,

A nostalgia

Do Rio que era mais feliz

E hoje, eu sei,

Da velha rua que não me esqueci

Meu Salgueiro faz

Enredo na Sapucaí




SOU AMIGO DO REI-1990

O Salgueiro é pra quem tem fé

No gingado das baianas

Vem, meu povo, diz no pé


Vim ... (Meu amor)

De uma era medieval

Para brincar o carnaval

A folia tomou conta da cidade

A ordem do rei é cantar

Sou menestrel do divino

A poesia já vem me contagiar

Os doze pares de França

Se trançam em busca do mesmo ideal

Cristãos e mouros se lançam

Na luta de bem e o mal

Lagedo sagrado

O rei congo aqui chegou

Pra ser coroado

Neste "Reino de Xangô"

Tumba lá e cá, é Moçambique

Tumba lá e cá, rainha ginga

Hoje os sertões

Se manifestam

Cariri, pageú, siridó

É de couro e prata a coroa

Fidalgos de minha casa real

(O luar é divinal)

Tabuleiro de xadrez

Mesa de baralho

Zumbi, louvado seja o ritual

Pastorinhas brilham neste festival

E as bandeiras colorindo o visual




TEMPLO NEGRO EM TEMPO DE CONSCIÊNCIA NEGRA-1989

É baianas,

O jongo e o caxambu vamos rodar

Salgueirar vem de criança

O centenário não se apagará


Livre ecoa o grito dessa raça

E traz na carta

A chama ardente da abolição

Oh! Que santuário de beleza

Um congresso de beleza de raríssimo esplendor

Revivendo traços da história

Estão vivos na memória

Chica da Silva e Chico Rei

Saravá os deuses da Bahia

Nesse quilombo tem magia

Xangô é nosso pai, é nosso rei

Ô Zaziê, Ô Zaziá

O Zaziê, Maiongolé, Marangolá

Ô Zaziê, Ô Zaziá

Salgueiro é Maiongolê, Marangolá

Vai, meu samba vai

Leva a dor traz alegria

Eu sou negro sim, liberdade e poesia

E na atual sociedade, lutamos pela igualdade

Sem preconceitos sociais

Linda Anastácia sem mordaça

O novo símbolo da massa

A beleza negra me seduz

Viemos sem revolta e sem chibata

Dar um basta nessa farsa

É festa, é Carnaval, eu sou feliz




EM BUSCA DO OURO-1988



Minha fantasia vale ouro

Meu tesouro se espalha na avenida

Vem de Midas o exemplo

Esta ambição antiga

Negros de ofícios e artistas

Fizeram do barroco opção

Xangô todo banhado em ouro? Chico Rei

Na festa da libertação

A saga da lavoura do café... é

A viga mestra da falida economia

É festa, sinhazinha, vem dançar

Os feitores vão chegar

Juntos com a fidalguia

"Bantô"... "D'angolo"... Crioulo, muito axé...

Eis o milagre do café

Um dia na Bahia apareceu

Cascatas de ouro negro

Meu mando entregando o que é seu

Em troca, presente grego

Interesses ocultos

O sangue da terra sugou

Baianas, Monteiro Lobato

Herói literato

O petróleo salvou

E hoje do ouro de fato

O sonho dourado foi o que restou

Serra pelada já está nua

Mas minha alegria continua

Nem de ouro nem de prata

O cruzado tanto fez que virou lata


E POR QUE NÃO?-1987

Se um dia o mundo acordar

(E vai acordar)

Verá, verá, verá

Uma luz brilhando no horizonte

E vai se transformar

Verá que tudo pode acontecer

Sorrir, sem nunca precisar chorar

Virar ... Um passarinho

E fazer do mundo, e por que não

Um belo ninho

Venham ter felicidade

Salgueirando a humanidade

Amanhã

É raio de luz agora

Vai a luta

O que deve ser teu será

O chapéu de palha

Quererê

Suor no rosto e um chão para viver

O paraíso está na terra

E por que não acreditar

É acabar com as guerras

E vamos viver de amar

TIRO DA CABEÇA, O QUE O BOLSO NÃO DÁ-1986

Um dia eu fui Zumbi

Rei de Palmares

Araponga na voz

Estandarte na mão

Tiê-Sangue no olhar

E o meu cinzel raiava a aurora

Jeremias, João, Daniel, Abraão

Fiz em pedra de sabão

Já bebi, sambei com Chico-Rei

Ouro nos cabelos

E no carnaval com os Tenentes do Diabo

Cavalguei o alazão da liberdade

Vamos gingá camará, vamos gingá

Tira da cabeça o que do bolso não dá

O Ana Jacinta

Eu quero te beijar

Turmalina feiticeira de Araxá

Me leva pra Bahia

Saravá Ogum, Kaô Xangô, Ave Iemanjá

Fui sambar na Praça Onze

Lá no terreiro da Ciata

Fui parar bem longe

Com o rei negro no congá

As bandeiras no varal

Manga rosa no mangueiral

Do angu à saideira

Gostosa é a cozinha brasileira

O Salgueiro chegou na terra Iorubá

O Salgueiro brilhou no céu de Oxalá

ANOS TRINTA, VENTO SUL - VARGAS-1985

Soprando forte do Sul

Um ciclone feiticeiro

Venta pelos anos trinta

E traz Vargas, o mago justiceiro

Veio cumprir nobre missão

E mudar o destino da nossa nação

No palácio...

No palácio das Águias foi o senhor

Levantando o povo, trabalhador

Do solo fez jorrar o negro ouro

E a usina do aço, transformou em tesouro

Ô, ô, ô, ô Getúlio Vargas

O guerreiro vencedor

Apagou a chama da rebeldia

E afirmou a nossa soberania

Deu vida à justiça social

Criou leis trabalhistas

E a tranqüilidade nacional

Com punho forte e decisão

Esmagou a trama da traição

Mandou nossos heróis além mar

Para as forças do mal derrotar

Na fantasia do folclore do nosso povo

Festejava as vitórias no Estado Novo

Pensando no progresso da nação

Fez a moeda subir de cotação

Sucumbiu após a sanha traiçoeira

E da carta derradeira

O povo fez sua bandeira

Rufam os tambores do Salgueiro

Exaltando Vargas

O grande estadista brasileiro

SKINDÔ, SKINDÔ-1984

O quem vem de mim é pra rolar,

Amor, raiou o dia.

A noite trouxe o meu cantar,

Enfeitando o luar da Bahia.

Foi um vento tão menino

Que soprou o meu destino pelo mar,

Vim de terra tão distante,

Sou o negro mais amante, skindô-ô-ô-ô-ô

Ô-ô-ô-ô-ô, ô-ô-ô-ô-ô-ô,

A vida fica mais feliz, meu amor,

A folha nasce da raiz skindô,

O samba é a flor.

Cadê, cadê, cadê meu agogô

Mandei buscar o quê

Pra eu bater pra ioiô

Só por amar, querer sambar,

Meu peito é um clarim de poesia,

Um arco-íris nos meus olhos,

Brilha a noite como o dia

Pandeiro, surdo, cavaco, ganzá,

Me pega, me deixa ficar, o iaiá.

Roda, ó meu Salgueiro,

Roda e vem mostrar

O canto de quem ama, acende a chama,

Viajando no meu doce olhar, ô-ô-ô!

Oiá, oiá,

Água-de-cheiro pra ioiô

vou mandar buscar

Na fonte do senhor

TRAÇOS E TROÇAS-1983

Eu sou o Rio e rio à toa,

Só rio de quem me impede de sorrir,

A minha pena não tem pena nem perdoa,

Mexe com qualquer pessoa,

Ela quer se divertir.

Será que a política não vai me censurar?

Já sei, certos momentos não se pode criticar!

Gozar, traçar, ferir,

Fazendo de novo meu povo feliz,

Riscando aquilo que ele não diz.

Bota banca na avenida,

Edição especial,

Olha aí o jornaleiro,

A piada está com sal.

Caricatu-rindo,

Virando a tristeza pelo avesso,

A arte irradiou

Com um raio de luz de humor

A melindrosa, amigo da onça, almofadinha,

Cantando em louvor ao artista,

Caricaturista, revista e jornal.

O carnaval

É a maior caricatura

Na folia

O povo esquece a amargura

NO REINADO DO FAZ DE CONTA-1982

Virou, virou

Passarinho de cristal.

Cantou, cantou

E deslumbrou o carnaval

Se deu no baile mascarado

Que o rei concedeu,

Existirá, pergunto eu, pergunto eu,

Um reino tão rico e feliz que o meu ?

Lá vai o rei, lá vai na carruagem

De corcéis alados fazer a viagem,

Montado no dragão, o anjo bom lhe ouviu,

Com ele o encantado seguiu,

Ficou ô-ô maravilhado

Com o Rei Sol e o palácio dourado.

O anjo pediu-lhe atenção

E do faz-de-conta transpôs o portão, ô-ô-ô

Vibrou extasiado

Ao ver a lua no seu reino prateado.

Clareia o coche dos leões,

É de ioiô, é de ioiô, rei dos trovões.

Pai Xangô, seu oxé,

Justiceiro do reino de quem tem fé.

Que singeleza olhar

Anfritite e Netuno, imenso mar,

O polvo de prata, que beleza,

Guardião da realeza,

Sublime véu,

O arco-íris levando água pro céu,

Rainha fada, oi, serpente magia,

Corra Cinderela, vai raiar o dia

No reino de cristal, pediu não percebeu,

E a fonte dos desejos lhe atendeu

RIO DE JANEIRO-1981

Só você

Enche minh'alma de alegria e prazer,

Dá ao sol o mais sublime amanhecer,

Quero lhe abraçar e desejar

Muitos anos de existência.

Oh! Meu Rio de Janeiro,

Mar aberto sob o sol,

Como é belo o seu arrebol!

Quando Estácio de Sá aqui chegou,

Em plena natureza com heroísmo lhe berçou.

Oh! Bela... formosa... eterna capital...

Do povo carioca tão legal

Lar doce lar que o senhor abençoou,

Enchendo o Rio... de amor

E a nobreza lhe abraçou

Na colônia, na Coroa Imperial,

E logo a República chegou,

Sempre encantando o seu porte natural.

Num turbilhão de luz e cor,

A boêmia e o alegre carnaval,

Mulatas... poesias... e humor,

Faz sua vida tão arteira e cultural,

Quem pode, pode, se sacode, explode,

Se sacode, explode no jogo ô...

Quem pode, pode, veste a fantasia

Ou é só folia o ano todo

O BAILAR DOS VENTOS, RELAMPEJOU, MAS NÃO CHOVEU-1980



A tarde desceu mais cedo,

Quando da taça bebeu

Na caminhada, trovejou mas não choveu,

Salgueiro se apresenta novamente,

Saudando o grande povo em geral,

Bailando com a pureza dos ventos

Num sonho infinito e colossal,

Trazendo de uma terra tão distante

A lenda dos divinos orixás.

Eparrei, Iansã, ilumine o dia de amanhã,

A tarde desceu mais cedo,

Quando da taça bebeu

Na caminhada, trovejou mas não choveu.

Conta a lenda que a deusa Oyá

Foi aconselhada por Ifá

A buscar a cura em sabadá,

Pra Obaluaê se levantar.

A borboleta encantada

Enfeitiça a deusa Oyá

Que irada espalha o bem... Oyá

No reino sagrado e salva os orixás.

Oxum vaidosa,

Querendo Odé conquistar,

Veste riqueza

E consegue se casar.

REINO ENCANTADO DA MÃE NATUREZA CONTRA O REI DO MAL-1979

Oh! Doce Mãe Natureza,

Seus lindos campos,

Verdes matas e seu imenso mar.

Oh! que beleza... no infinito

O sol ardente, sempre a brilhar,

E o revoar da passarada

Bailando neste céu sem fim.

Na primavera,

As lindas flores

Desabrocham no jardim.

Mas surgiu o rei do mal,

Com a chegada do progresso,

Abalando a estrutura mundial,

Poluindo nossa terra,

Aniquilando o que Deus abençoou,

E quem sofre é a Nação,

Nesta batalha

Onde não há vencedor.

E a natureza,

Com seu cenário multicor,

Refloresce novamente

Com todo seu esplendor

DO YORUBÁ À LUZ, A AURORA DOS DEUSES-1978

Olorum, ô-ô,

Misto de infinito e eternidade

Também teve seu momento de vaidade,

Criou a terra e o céu de Oxalá

Pra gerar Angaju e Iemanjá

E Iemanjá, além de Xangô

Em seu ventre, doze entidades gerou

Pra reinarem pregando a paz e o amor.

Enquanto Oxumaré, com bom gosto e singeleza,

Matizava a natureza,

Ifá mandou Exu, o mensageiro,

Abrir caminhos pelo mundo inteiro

E quando os tumbeiros aportaram,

Reis, heróis e deuses de Iorubá

Em seu novo mundo aclamaram

Xangô seu pai no Axé-opô-afonjá

E os pretos velhos da Bahia

Ainda seguem seus antigos rituais,

Usando a mais pura magia

Nos terreiros de famosos babalorixás.

Saruê! Baiana, iorubana,

Da saia amarrada co'a paia da cana

DO CAUIM AO EFÓ, MOÇA BRANQUINHA-1977

A moça branca é amiga,

Não há quem diga que não tenha valor,

Só por ser tão boa

Vive assim à toa, sem querer se impor.

Ela dá coragem, dá vantagem,

Dá inspiração

Não admite

Falta de apetite numa refeição

No Salgueiro tem,

Tem gente que bebe pra esquecer ê-ê

Tem gente que sabe beber e comer ê-ê-ê-ê

Churrasco no Sul,

Buchada no Norte,

Tutu à mineira,

Com pinga da forte.

Comendo Efó,

Jerimum com jabá,

Feijoada, peixada

Ou o bom vatapá,

Tem que ter cachaça,

Ela não pode faltar...

... E depois quindim,

E doce de leite com amendoim,

A moça branca

VALONGO-1976

Lá no seio d'África vivia

Em plena selva o fim de sua monarquia.

Terminou o guerreiro

No navio negreiro,

Lugar do seu lazer feliz.

Veio cativo povoar nosso país,

Seguiu do cais do Valongo,

No Rio de Janeiro,

Com suas tribos chegando.

Foi o chão cultivando

Sob o céu brasileiro.

Nações Haussá, Gegê e Nagô,

Negra Mina e Ângela,

Gente escrava de Sinhô.

Foram muitas suas lutas

Para integração,

Inda hoje

Desenvolveu

Desenvolvendo esta Nação,

Sua cultura, suas músicas e danças

Reúnem aqui suas lembranças.

O negro assim alcançou

A sua libertação

E seus costumes, abraçou

Nossa civilização.

Ô-ô-ô-ô, quando o tumbeiro chegou,

Ô-ô-ô-ô, o negro se libertou

OS SEGREDOS DAS MINAS DO REI SALOMÃO-1975

Miragem de uma época distante

Mil princesas procuravam descobrir

Do rei Salomão o segredo

Das minas guardadas em terras de Ofir.

A rainha de Sabá apareceu

Num cortejo que jamais se viu igual,

Com negrinhos que ao rei ofereceu,

De olhos verdes, um presente original,

Presença feita de mistério,

Com fascínio e sortilégio

Não conseguem desvendar

O caminho faiscante da riqueza

Paraíso verde de encantação

E da Fenícia veio o rei Iran,

Em galeras alcança as terras das amazonas,

Que sensação, que esplendor,

A natureza em flor.

Com ela numa noite enluarada,

Entre cantos e magias,

Eis a festa do prazer.

O muiraquitã sorte,

Este amor mais forte,

Que jamais vão esquecer.

O sol nascendo vem clarear

O tesouro encantado

Que o rei mandou buscar

O REI DE FRANÇA NA ILHA DA ASSOMBRAÇÃO-1974

In credo in cruz, ê ê, Vige Maria,

As preta véia se benze, me arrepia

Ô, ô, ô Xangô,

As preta véia não mente, não sinhô.

Não cantaram em vão

O poeta e o sabiá

Na fonte do Ribeirão.

Lenda e assombração

Contam que o rei criança

Viu o reino de França no Maranhão.

Das matas fez o salão dos espelhos

Em candelabros palmeirais,

Da gente índia a corte real,

De ouro e prata um mundo irreal.

Na imaginação do rei mimado

A rainha era deusa

No reino encantado.

Na praia dos Lençóis,

Areia assombração,

O touro negro coroado

É Dom Sebastião.

É meia-noite, Nhá Jança vem,

Desce do além na carruagem

Do fogo vivo, luz da nobreza,

Saem azulejos, sua riqueza,

E a escrava que maravilha

É a serpente de prata

Que rodeia a ilha

ENEIDA, AMOR E FANTASIA-1973



O povo sambando,

Cantando a melodia,

Salgueiro traz o tema

Eneida, amor e fantasia

A mulher que veio do Norte

Para o Rio de Janeiro

Com idéia genial,

Em busca da glória

Na literatura nacional.

Expoente jornalista,

Suas crônicas são imortais,

Foi amiga dos sambistas,

Fatos que não esquecemos jamais (coração).

Coração puro e nobre, foi benquista

Entre ricos e pobres,

É famoso o seu Baile de Pierrôs,

Onde a Colombina procura o seu amor

A escritora de lirismo invulgar

Enriqueceu o folclore nacional,

Hoje o mundo a conhece

Através da história do carnaval.

É açaí,

É tacacá,

Coisa gostosa lá do Pará


MINHA MADRINHA, MANGUEIRA QUERIDA-1972

Tengo-Tengo

Santo Antônio, Chalé,

Minha gente,

É muito samba no pé!

Em noite linda,

Em noite bela,

Iremos à avenida

Desfilar em passarela,

O batizado será lembrado

Pelo Salgueiro de agora,

Alo Laurindo, alo Viola,

Alo Mangueira de Cartola.

Tengo-Tengo

Santo Antônio, Chalé,

Minha gente,

É muito samba no pé!

Ô-ô-ô, ó meu Senhor,

Foi Mangueira

Estação Primeira

Que me batizou.

SAMBA PARA UM REI NEGRO-1971

Nos anais da nossa história,

Vamos relembrar

Personagens de outrora

Que iremos recordar.

Sua vida, sua glória,

Seu passado imortal,

Que beleza

A nobreza do tempo colonial.

O-lê-lê, ô-lá-lá,

Pega no ganzê

pega no ganzá!

Hoje tem festa na aldeia,

Quem quiser pode chegar,

Tem reisado a noite inteira

E fogueira pra queimar.

Nosso rei veio de longe

Pra poder nos visitar,

Que beleza

A nobreza que visita o gongá.

O-lê-lê, ô-lá-lá,

Pega no ganzê

Pega no ganzá.

Senhora dona de casa,

Traz seu filho pra cantar

Para o rei que vem de longe,

Pra poder nos visitar.

Esta noite ninguém chora,

E ninguém pode chorar,

Que beleza

A nobreza que visita o gongá.

O-lê-lê, ô-lá-lá,

Pega no ganzê

Pega no ganzá.

PRAÇA ONZE, CARIOCA DA GEMA-1970

És carioca da gema,

Digna de um poema,

Ó Praça Onze,

Eterna capital

Do nosso samba brasileiro,

Tradição do carnaval.

Nas madrugadas em festas,

Boêmios esqueciam serestas

Para compor com um grupo de batuqueiros

Iluminados pela luz de candeeiros.

Tia Ciata,

Que era bamba pra valer,

Não desprezava um pagode

Antes do dia amanhecer.

Oi, abre a roda, meninada,

Que o samba virou batucada.

Pau pau-pereira

Pau-pereira ingratidão

Todo pau o vento leva

Só o pau-pereira não

BAHIA DE TODOS OS DEUSES-1969



Bahia, os meus olhos estão brilhando,

Meu coração palpitando

De tanta felicidade.

És a rainha da beleza universal,

Minha querida Bahia,

Muito antes do Império

Foste a primeira capital.

Preto Velho Benedito já dizia

Felicidade também mora na Bahia,

Tua história, tua glória

Teu nome é tradição,

Bahia do velho mercado

Subida da Conceição.

És tão rica em minerais,

Tens cacau, tens carnaúba,

Famoso jacarandá,

Terra abençoada pelos deuses,

E o petróleo a jorrar

Nega baiana,

Tabuleiro de quindim,

Todo dia ela está

Na igreja do Bonfim, oi

Na ladeira tem, tem capoeira,

Zum, zum, zum,

Zum, zum, zum,

Capoeira mata um !


DONA BEIJA, A FEITICEIRA DE ARAXÁ-1968

Certa jovem linda, divinal,

Seduziu com seus encantos de menina

O Ouvidor Real.

Levada a trocar de roupagem,

Numa nova linhagem

Ela foi debutar.

Na Corte, fascinou toda a nobreza

Com seu porte de princesa

Com seu jeito singular.

Ana Jacinta, rainha das flores,

Dos grandes amores,

Dos salões reais,

Com seus encantos e sua influência

Supera as intrigas

Os preconceitos sociais.

Era tão linda, tão meiga, tão bela,

Ninguém mais formosa que ela

No reino daquele Ouvidor.

Ela com seu feitiço inteligente

Cria um reinado diferente

Nas cortes de Araxá,

E nos devaneios nas festas de Jatobá.

Mas antes, com seu trejeito feiticeiro,

Traz o Triângulo Mineiro

De volta a Minas Gerais,

Até o fim da vida

Dona Beija ouviu falar

Viu seu nome triunfar

Na história de Araxá

HISTÓRIA DA LIBERDADE NO BRASIL-1967

Quem por acaso folhear a História do Brasil

Verá um povo cheio de esperança

Desde criança,

Lutando para ser livre varonil.

O nobre Amadeu Ribeiro,

O homem que não quis ser rei,

O Manoel, o Bequimão,

Que no Maranhão

Fez aquilo tudo que ele fez.

Nos Palmares,

Zumbi, o grande herói,

Chefia o povo a lutar

Só para um dia alcançar

Liberdade.

Quem não se lembra

Do combate aos Emboabas

E da chacina dos Mascates,

Do amor que identifica

O herói de Vila Rica.

Na Bahia são os alfaiates,

Escrevem com destemor,

Com sangue, suor e dor

A mensagem que encerra o destino

De um bom menino.

Tiradentes, Tiradentes,

O herói inconfidente, inconfidente,

Domingos José Martins

Abraçam o mesmo ideal.

E veio o "Fico" triunfal

Contrariando toda a força em Portugal.

Era a liberdade que surgia,

Engatinhando a cada dia,

Até que o nosso Imperador

A Independência proclamou.

Ô-ô, oba, lá-rá-iá, lá-rá-iá-iá

Oba, lá-rá-iá, lá-rá-iá!

Frei Caneca, mas um bravo que partiu,

Em seguida veio o 7 de abril,

No dia 13 de maio

Negro deixou de ter senhor,

Graças à Princesa Isabel,

Que aboliu com a Lei Áurea

O cativeiro tão cruel.

Liberdade, Liberdade afinal,

Deodoro acenou,

Está chegando a hora,

E assim quando a aurora raiou,

Proclamando a República,

O povo aclamou

OS AMORES CÉLEBRES DO BRASIL-1966

Brasil, ó meu Brasil,

Revivemos neste enredo

Seus romances e segredos,

Suas paixões imortais,

O amor de grandes vultos brasileiros,

Seus lindos nomes altaneiros,

Revivendo neste carnaval.

Caramuru e Paraguaçu

Na Colônia eram um poema

Amaram sob o signo do amor,

Com as lágrimas de dor

De Moema.

Em Vila Rica os lindos chafarizes

E os lendários lampiões,

As liras de Dirceu tocavam pra Marília

Com ternura e sedução

Lá-rá-iá lá-rá-ia-lá-rá-rá-iá lá-iá

Em dias de setembro,

Com a Independência em flor

Emoldurando a aquarela do Brasil,

O mais famoso amor,

Cheio de encantos

Irradiantes de esplendor,

Os olhos da Marquesa dos Santos

E o coração do nobre imperador.

E revivemos com glória

A quarta história de amor,

Foi na Bahia de São Salvador.

Castro Alves, poeta imortal,

Falou de seu amor em poesia

Pelo amor de Eugênia Câmara divinal,

Lá-iá lá-lá-iá-lá-rá-iá-lá-rá-lá-iá-lá-iá-iá

HISTÓRIA DO CARNAVAL CARIOCA - ENEIDA-1965

Recordando a história do carnaval

Sob o comando do Rei Momo,

Abrimos o desfile tradicional.

O povo abrilhantando

O festival de alegria,

Retratando trajes típicos de uma época.

Entrudo em sensacional euforia.

Ranchos, blocos de sujos e sociedades,

Alegres foliões, aqui relembrados.

E o Zé Pereira,

Pioneiro da folia no passado,

Corso, tradições antigas,

Moças e rapazes

Em carros decorados,

Ornamentados por confetes e serpentinas,

Davam um colorido multicor, ô-ô-ô,

Traziam a presença de Arlequim,

De Colombina e Pierrô.

Bonde é motivo de saudade,

Conduzia passageiros mascarados

Que sambavam e cantavam de verdade.

A inesquecível Praça Onze

Sempre foi reduto de bamba,

Glória e consagração

Da primeira escola de samba.

Os imortais compositores,

Revivemos seus talentos, seus valores.

Hoje reina mais alegria,

Luxo e esplendor,

O famoso baile de Veneza

Nesta apoteose triunfal

Traz sua eterna saudação

Ao baile de gala do Municipal.

Ricas fantasias,

Desfilando em passarela,

Tornam a nossa geografia

Muito mais bela.

Através destes estandartes,

Da união das nossa co-irmãs,

Defendendo o mesmo ideal,

A soberania da música nacional.

Salve o Rio de Janeiro,

Seu carnaval, seu quatrocentão,

Feliz abraço do Salgueiro

À cidade de São Sebastião.

Ó abre alas, que eu quero passar,

Eu sou da Lira, não posso negar,

Rosa de Ouro é quem vai ganhar!

CHICO REI-1964

Vivia no litoral africano

Um régia tribo ordeira

Cujo rei era símbolo

De uma terra laboriosa e hospitaleira.

Um dia, essa tranqüilidade sucumbiu

Quando os portugueses invadiram,

Capturando homens

Para fazê-los escravos no Brasil.

Na viagem agonizante,

Houve gritos alucinantes,

Lamentos de dor

Ô-ô-ô-ô, adeus, Baobá,

Ô-ô-ô-ô-ô, adeus, meu Bengo, eu já vou.

Ao longe Ninas jamais ouvia,

Quando o rei, mais confiante,

Jurou a sua gente que um dia os libertaria.

Chegando ao Rio de Janeiro,

No mercado de escravos

Um rico fidalgo os comprou,

Para Vila Rica os levou.

A idéia do rei foi genial,

Esconder o pó do ouro entre os cabelos,

Assim fez seu pessoal.

Todas as noites quando das minas regressavam

Iam à igreja e suas cabeças lavavam,

Era o ouro depositado na pia

E guardado em outro ligar de garantia

Até completar a importância

Para comprar suas alforrias.

Foram libertos cada um por sua vez

E assim foi que o rei,

Sob o sol da liberdade, trabalhou

E um pouco de terra ele comprou,

Descobrindo ouro enriqueceu.

Escolheu o nome de Francisco,

Ao catolicismo se converteu,

No ponto mais alto da cidade Chico-Rei

Com seu espírito de luz

Mandou construir uma igreja

E a denominou

Santa Efigênia do Alto da Cruz!

XICA DA SILVA-1963

Apesar

De não possuir grande beleza

Xica da Silva

Surgiu no seio

Da mais alta nobreza.

O contratador

João Fernandes de Oliveira

A comprou

Para ser a sua companheira.

E a mulata que era escrava

Sentiu forte transformação,

Trocando o gemido da senzala

Pela fidalguia do salão.

Com a influência e o poder do seu amor,

Que superou

A barreira da cor,

Francisca da Silva

Do cativeiro zombou ôôôôô

ôôô, ôô, ôô.

No Arraial do Tijuco,

Lá no Estado de Minas,

Hoje lendária cidade,

Seu lindo nome é Diamantina,

Onde nasceu a Xica que manda,

Deslumbrando a sociedade,

Com o orgulho e o capricho da mulata,

Importante, majestosa e invejada.

Para que a vida lhe tornasse mais bela,

João Fernandes de Oliveira

Mandou construir

Um vasto lago e uma belíssima galera

E uma riquíssima liteira

Para conduzi-la

Quando ela ia assistir

À missa na capela

O DESCOBRIMENTO DO BRASIL-1962

É lindo recordar

A nossa história com seus trechos importantes,

Assim como o Descobrimento

do nosso torrão gigante.

No dia nove de março do ano de 1500,

Deixaram o cais do Tejo em Portugal

Treze caravelas

Comandadas por Pedro Álvares Cabral.

Após navegar vários dias,

Afastando-se da costa,

Evitando as calmarias,

Finalmente, no dia 22 de abril,

Pedro Álvares Cabral descobriu

A nossa Pátria Idolatrada

Dando o nome de Ilha de Vera Cruz,

Depois Terra de Santa Cruz.

Lá-rá, lá-rá, lá-rá-lá-rá, lá-rá, lá-rá, lá-rá, lá-rá-lá

Lá, lá-rá, lá, lá-rá, lá-rá, lá, rá-lá, rá-lá, lá-rá, lá, rá.

Trazia Cabral em sua frota

Homens de conhecimento,

Entre eles destacamos Pero Vaz de Caminha,

Que foi um grande talento.

E o diário de viagem, ele mesmo escreveu,

O autor da carta histórica

Que o mundo inteiro conheceu.

Quanta beleza se encerra

Nesta linda terra de encantos mil,

Recordamos mais um trecho de glória

Da História do Brasil.

VIDA E OBRA DE ALEIJADINHO-1961

Foi genial,

Realizou

Maravilhas sem igual

E de real valor,

Incomparável na escultura nacional,

Empolgando o nosso Brasil colonial.

Ô-ô-ô-ô-ô-ô-ô-ô-ô-ô-ô

Antônio Francisco Lisboa,

Aleijadinho,

O imortal,

Ultrapassou a sua dor

Com a arte escultural.

Foi o marco inicial da escultura nacional

Projetando o Brasil

No conceito mundial.

Este grande brasileiro,

De rude formação,

Legou ao Brasil e ao mundo inteiro

O barroco brasileiro,

Nas cidades de Congonhas, Vila Rica, Sabará

E outras mais.

Lá-lá-lá-lá, lá-lá-lá-lá, lá-lá-lá

Revivemos a época

Deste filho de Minas Gerais

QUILOMBO DOS PALMARES-1960



No tempo em que o Brasil ainda era

Um simples país colonial,

Pernambuco foi palco da história

Que apresentamos neste carnaval.

Com a invasão dos holandeses

Os escravos fugiram da opressão

E do julgo dos portugueses.

Esses revoltosos

Ansiosos pela liberdade

Nos arraiais dos Palmares

Buscavam a tranqüilidade.

Ô-ô-ô-ô-ô-ô

Ô-ô, ô-ô, ô-ô.

Surgiu nessa história um protetor.

Zumbi, o divino imperador,

Resistiu com seus guerreiros em sua tróia,

Muitos anos, ao furor dos opressores,

Ao qual os negros refugiados

Rendiam respeito e louvor.

Quarenta e oito anos depois

De luta e glória,

Terminou o conflito dos Palmares,

E lá no alto da serra,

Contemplando a sua terra,

Viu em chamas a sua tróia,

E num lance impressionante

Zumbi no seu orgulho se precipitou

Lá do alto da Serra do Gigante.

Meu maracatu

É da coroa imperial.

É de Pernambuco,

Ele é da casa real.


VIAGEM PITORESCA E HISTÓRICA AO BRASIL-1959

Obras de vulto e encantos mil

Legou Debret

Às nossas belas-artes, ao Brasil.

Pintou

Com genial saber,

Para sua era reviver!

Foi na verdade um grande artista,

Primaz documentarista

Do Brasil colonial,

Tendo alcançado a galeria imortal.

Retratou nativas maravilhas e coisas mil,

Série de acontecimentos nacionais,

Viajando através do Brasil...

Seu patrimônio histórico

Hoje nos traz

O tempo imperial, revelando o valor do pintor

Que exaltou a nossa vida nacional.

Lá-lá-lá-lá-lá-lá