domingo, 21 de fevereiro de 2010

NO REINADO DO FAZ DE CONTA-1982

Virou, virou

Passarinho de cristal.

Cantou, cantou

E deslumbrou o carnaval

Se deu no baile mascarado

Que o rei concedeu,

Existirá, pergunto eu, pergunto eu,

Um reino tão rico e feliz que o meu ?

Lá vai o rei, lá vai na carruagem

De corcéis alados fazer a viagem,

Montado no dragão, o anjo bom lhe ouviu,

Com ele o encantado seguiu,

Ficou ô-ô maravilhado

Com o Rei Sol e o palácio dourado.

O anjo pediu-lhe atenção

E do faz-de-conta transpôs o portão, ô-ô-ô

Vibrou extasiado

Ao ver a lua no seu reino prateado.

Clareia o coche dos leões,

É de ioiô, é de ioiô, rei dos trovões.

Pai Xangô, seu oxé,

Justiceiro do reino de quem tem fé.

Que singeleza olhar

Anfritite e Netuno, imenso mar,

O polvo de prata, que beleza,

Guardião da realeza,

Sublime véu,

O arco-íris levando água pro céu,

Rainha fada, oi, serpente magia,

Corra Cinderela, vai raiar o dia

No reino de cristal, pediu não percebeu,

E a fonte dos desejos lhe atendeu

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