domingo, 21 de fevereiro de 2010

O NEGRO QUE VIROU OURO NAS TERRAS DO SALGUEIRO-1992

Soca no pilão

Preto velho mandingueiro

O negro que virou ouro

Lá nas terras do Salgueiro


História, beirando a poesia

Lenda, sonho e fantasia

Abissínia, Arábia

A natureza é tão sábia

Num quê de malícia

Trouxe essa delícia ao Pará

Dizem então (dizem então)

Que foi a terra, o sol, este luar

Que o fez se apaixonar por esse chão

E se espalhar como um mar

Da cor da raça

Cheiro de sabor (sabor)

Gostoso como um beijo do amor

O ciclo do café era a riqueza

Fausto e luxo da nobreza

E suor da escravidão

Sonso, vira rico e rotina

Filosofia de esquina

Cafezinho no balcão

Tem até quem admite

Que ele dá bom palpite

Na loteria popular

Cadê o bom café, foi viajar

Onde andará... eu sei lá




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